quarta-feira, maio 02, 2007

de volta, homenageando Dona Irene

É só eu sair q aparecem posts... ho ho ho!

O motivo foi uma gripe galopante q atingiu a família inteira. O vírus aproveitou meu momento de alto estresse e imunidade baixa e mandou ver... Já estou me recuperando, obrigada.

As duas últimas semanas foram tensas para o casal, com muita coisa rolando no trabalho: clientes fechando relatórios, treinamentos, novas atribuições...

No plano familiar, passamos por momentos difíceis com a doença da minha avó, q culminou com sua passagem há pouco mais de uma semana. Uma pessoa polêmica, mas de imensa generosidade, Dona Irene gostava de uma casa arrumada e fazia muitas guloseimas na cozinha. Preparava mingau de milho verde e arroz doce assim q avisávamos q passaríamos alguns dias com ela. Ela mesmo dizia q Elisa se parecia muito com ela: é a única neta e bisneta que herdou seus olhos azuis e cabelos louros. Ganhei de herança seus panos de prato e toalhas bordadas a mão e com bicos de crochê feitos por ela. Ela sabia q eu iria gostar e cuidar bem.

Sofria com a mania comunista do meu avô q, com suas idéias implicava com sua devoção à Igreja. Criou não só os filhos, mas os irmãos com mãos de ferro, com educação bastante alemã.

Mas, o lado polêmico vcs irão conhecer a partir de uma história e tanto vivida por ela e por minha bisavó, dona Nhanhá, sua tia e sogra (meus avós eram primos, portanto, somos duplamente Frossard).

Estavam as duas viajando de Manhumirim (MG) para Belo Horizonte de ônibus, lá pelos anos 60, no tempo da ditadura. No meio da viagem, o trânsito parou para a passagem do Magalhães Pinto - se não me engano, era o governador à época. Dona Irene, vendo q sua viagem ia ser atrasada, desceu furiosa do ônibus e começou a gritar com os soldados do exército que fechavam a estrada. Coisas como "isso é um absurdo", "parar para uma porcaria de governador", "quem ele pensa q é"... e por aí vai. Minha sábia bisavó, Dona Nhanhá, vendo q já juntava gente e soldado em volta dela, correu a um militar mais graduado e falou em tom de confidência que era pra eles relevarem o tom da nora, pois estava com problemas mentais. Que ela estava levando-a para Belo Horizonte para fazer tratamento psiquiátrico, que seria internada e tudo. Graças à intervenção da Dona Nhanhá, minha avó só ouviu um pedido para que retornasse e aguardasse no ônibus. Ufa...

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